sexta-feira, setembro 11, 2009

NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA EM PARKINSONIANOS
Emerson Privato Damiani; Alexsander Vieira Guimarães Aline Rodrigues Barbosa.
Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC – Florianópolis – SC – Brasil. emerson20@gmail.com
Núcleo de Cineantropometria e Desempenho Humano - NuCIDH

Introdução: As desordens dos movimentos são características da doença de Parkinson (DP) e podem comprometer as funções motoras dos indivíduos, diminuindo o nível de atividade física. Objetivo: Verificar o nível de atividade física (NAF) em parkinsonianos, de acordo com o estágio da doença. Métodos: Foram estudados 36 indivíduos com DP (13 mulheres), classificados entre os estágios 0 e 3, da escala Hoehn e Yarhr (modificada), divididos em dois grupos: 1) classificado como estágio Leve, composto por indivíduos nos estágios 0 a 1,5 e; 2) classificado como estágio Moderado, indivíduos nos estágios 2 a 3. Para verificar o NAF foi utilizado o questionário de Baecke, composto por 16 questões, abrangendo três escores específicos, referentes aos últimos 12 meses: atividades físicas ocupacionais (AFO), exercícios físicos no lazer (EFL) e atividades físicas de lazer e locomoção (ALL). Para analise dos dados foi usado o teste “Mann-Whitney” para amostras independentes. Resultados: O G1 foi composto por 19 indivíduos com variação da idade de 41 a 78 anos (65,7 + 12,0) e o G2 composto por 17 indivíduos com idade variando de 51 a 93 anos (65,5 + 11,8). A tabela 1 apresenta as medianas e desvios padrão dos escores de atividade física. Embora não tenha sido encontrada diferença significativa entre os escores, de acordo com o estágio da doença, pode-se observar que os indivíduos no estágio Leve da DP tiveram escore de AFO maior e apresentaram menor escore de ALL e no escore total (ET) do que os indivíduos no estágio moderado da DP.

Tabela 1. Medianas e desvios padrão dos valores de atividade física, distribuição segundo estágio da DP.
Estágio
Variáveis Leve (n=19) Moderado (n=17) p-valor
AFO 2,75 + 1,6 2,38 + 1,3 0,130
EFL 2,25 + 0,9 2,25 + 0,6 0,786
ALL 2,25 + 0,6 3,0 + 0,5 0,084
ET 7,25 + 2,0 7,38 + 1,8 0,812


Considerações finais: Os resultados do estudo evidenciaram que os indivíduos em diferentes estágios da doença, classificados de acordo com o grau de comprometimento motor e severidade dos sintomas em estágios Leves e moderados, não apresentam diferenças nos escores de atividade física, apesar do estágio moderado apresentar um escore total maior que o estágio leve. Considerando que nesse instrumento, escores maiores, representam maior NAF realizado pelo indivíduo, portanto, os estágios da doença possuem NAF semelhantes.

Palavras Chaves: Doença de Parkinson; funções motoras, atividade física.
DESEMPENHO MOTOR EM INDIVÍDUOS COM E SEM A DOENÇA DE PARKINSON
Alexsander Vieira Guimarães, Emerson Privato Damiani, Aline Rodrigues Barbosa
Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC – Florianópolis – SC – Brasil.
a.guimaraes51@yahoo.com.br
Núcleo de Cineantropometria e Desempenho Humano - NuCIDH

Introdução: A doença de Parkinson (DP) é uma patologia neurológica e que tem repercussões nas funções motoras. Objetivo: Verificar o desempenho motor em indivíduos com e sem a doença de Parkinson (DP). Métodos: Foram estudados 36 pessoas com DP (13 mulheres), classificados entre os estágios 0 e 3, da escala Hoehn e Yarhr (modificada) e, 34 sem a doença (20 mulheres). Para analisar o desempenho motor foram utilizados dois testes: a)“sentar e levantar” (SL) 5 vezes de uma cadeira, sendo verificado o tempo gasto, em segundos, até o máximo de 60 e; b) força de preensão manual (FPM) verificada por dinamômetro mecânico (Takei, Japão), utilizando o braço dominante, estando o indivíduo sentado, braço estendido ao longo do corpo. A comparação das médias foi feita usando-se o teste “Mann-Whitney” para amostras independentes. Resultados: A tabela 1 apresenta as medianas e desvios padrão dos valores de SL, FPM e idade. Foram encontradas diferenças significativas para o teste SL, onde os indivíduos sem a doença obtiveram melhor desempenho e na idade onde os indivíduos apresentaram mediana inferior. Embora não tenha sido encontrada diferença significativa na FPM, entre os grupos, pode-se observar que os indivíduos com DP apresentaram menor força.

Tabela 1. Medianas e desvios padrão dos valores dos testes de “sentar e levantar” (SL), força preensão manual e idade, distribuição para indivíduos com e sem a DP.
Indivíduos
Variáveis Com DP Sem DP p-valor
SL (segundos) 15,1 + 5,1 12,8 + 3,9 0,013*
FPM (Kg) 27,4 + 11,0 29,5 + 10,1 0,257
Idade (anos) 66,5 + 11,9 56,0 + 6,3 < 0,001*
* p < 0,05.

Considerações finais: Os resultados sugerem que indivíduos com a DP possuem desempenho motor inferior aos indivíduos sem a doença. A mobilidade foi mais afetada que a força de membros superiores. Contudo, a idade dos indivíduos com DP era superior a dos indivíduos sem a doença. Recomenda-se a realização de mais estudos comparando o desempenho motor entre indivíduos com e sem a DP, principalmente estudos longitudinais.

Palavras Chaves: Doença de Parkinson, desempenho motor, força.